sábado, 12 de novembro de 2016

Idioma Especial

Antes de aparecem na quinta o Dinis, o Gatuzo e a Princesa eu não gostava nada de gatos, corria-os a todos. Hoje tenho muito carinho por eles e, como sabem, o meu grande amigo é um gato: o Dinis.
A partir daí interessa-me tudo o que se refere a eles e a minha dona vai-me dando algumas informações que lê.
Ontem disse-me que eles já nascem bilingues, falam fluentemente em miau e matermalês. Um estudo descobriu que com apenas duas semanas os filhotes conhecem a voz da mãe. Na presença da mãe ficam mais barulhentos e quando ela não está eles ficam quietinhos, para evitarem ser atacados por predadores. Descobriram, também, que a mãe perto dos filhos não mia, ronrona ou emite um gorjeio engraçado, parecido com o dos pássaros.


Esse gorjeio é como se fosse uma marca registrada. O miado de duas gatas tende a ser relativamente parecido. Já a análise acústica do gorjeio, chamado de “chirp” em inglês, mostrou que ele é exclusivo de cada mãe.
A teoria dos pesquisadores é de que as mães ensinam seus filhotes a associar esses sons com calor, leite e carinho – ou seja, uma sensação completa de segurança. Tanto que, no teste com as gravações, os gatinhos não ficavam tão animados com o miado da mãe. O importante para eles, mesmo, era o gorjeio maternal.
Esse idioma mamãe-bebê provavelmente nasceu de uma necessidade evolutiva que permite conhecerem a progenitora.
A conclusão dos pesquisadores é que, por pressão evolutiva, as gatas desenvolveram esse gorjeio especificamente para a comunicação com os filhotes. Quando eles ficam mais velhos, continuam entendendo o som como um comunicado para seguir a mãe para fora do ninho. Para os cientistas, essa capacidade de aprender uma linguagem tão cedo na vida é sinal de que as habilidades cognitivas dos gatos são ainda mais impressionantes do que imaginávamos.