A mesma palavra neste caso um número, pode causar sorte, azar, alegria e tristeza.
Sabes que eu gosto do "treze", numa sexta feira melhor ainda, mas hoje trouxe-me tristeza. Fazias treze anos.
Enquanto viveste, este dia era especialmente comemorado. Cantava-te os parabéns e fazia um miminho para tu saboreares. Não esqueceste de certeza. Tal como eu não te esqueci.
Às vezes as nossas paixões cegam-nos. A natureza e a liberdade usam umas algemas tão poderosas que nos sugam. Sugaram-te. Não te deixaram perceber que o mais importante é estarmos junto a quem se dedica a nós de corpo e alma. A quem é real, que não adultera sentimentos e não precisa de bandeiras que o evidenciem. Foste uma bandeira, hasteada para elevares a grandeza de alguém que era tão pequeno, tão pequeno e pobre que não tinha querer. Tanto foi e é assim que não acaba nada. Mudava de opinião no meio de tudo e, como não conseguia encarar a sua falta de humanidade e responsabilidade, andava em fuga constante. Tiveste tudo, amor, carinho, comodidade, acompanhamento, mas, não foi essa pessoa que te proporcionou essa vida feliz. Quando teve que o fazer faltou a sua obrigação, mais uma vez.
Adivinhar é proibido. Pensava que tu tinhas um peso diferente na vida dele. Enganou-te e enganou-me.
Neste dia, só penso na companhia que nos farias, a mim e ao Black, na festa que, juntos, teríamos, no passeio que daríamos, no amor que receberias.
Há quem seja pior do que sabemos, quem seja mais animal do que poderíamos imaginar.
Há tantos paraditas por aí!
Brinca muito e olha pelos teus amigos. Tens tantos! És um menino que todos queriam ter ao lado. O Dinis e o Noé. tantas vezes que se aqueceram no teu corpo, lembras-te?